Como surgiu a Black Friday?
A menção da Black Friday, atualmente, é capaz de fazer vários leitores correrem para conferir possíveis descontos em livros e ebooks e outros produtos. O termo se tornou tão conhecido que, mesmo em inglês, poucas vezes é preciso explicar do que se trata. E existem algumas versões para a origem do termo e da data em si. Conheça algumas delas.
Nos Estados Unidos, a Black Friday acontece tradicionalmente depois do feriado de Ação de Graças, com filas a perder de vista e descontos exorbitantes. Ao redor do mundo ela também costuma acontecer em novembro, com diferentes datas de início e diferentes durações.
A primeira vez em que o termo Black Friday foi usado não tinha nada a ver com preços atraentes e aspirações de consumo por parte do público. Black Friday foi usado pela primeira vez em 24 de setembro de 1869 e fazia referência à crise econômica que o mercado de ouro dos Estados Unidos vivia. Um esquema fracassado de comprar ouro em massa para vendê-lo a preços exorbitantes foi descoberto e levou o mercado a quedas consideráveis, levando uma parcela considerável de pessoas à falência.
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A história mais comum relacionada à Black Friday diz que depois de um ano operando no prejuízo, as lojas teriam tido lucro, finalmente, no dia após o Dia de Ação de Graças. Na época, as empresas costumavam registrar os dados de prejuízo em vermelho e os de lucro em preto, portanto, teria partido daí não apenas a data, mas o termo Black (preto, em inglês) Friday.
Entretanto, uma outra versão dessa origem foi apresentada recentemente e não é tão simples assim. Apesar de não existirem provas, acredita-se também que, no século 19, donos de escravos em plantações do Sul dos Estados Unidos podiam comprar escravos com desconto no dia após o feriado de Ação de Graças.
Uma outra possível e mais provável origem para a Black Friday está relacionada à Filadélfia dos anos 50, quando, no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças, a cidade se enchia de pessoas que iam assistir ao jogo de futebol americano disputado entre o Exército e a Marinha todos os sábados após o feriado. A quantidade de pessoas na cidade era tão grande que a polícia não conseguia garantir a segurança e diversos casos de roubo, tráfego elevado e desordem eram registrados.
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O termo se manteve com uma conotação negativa até que, em meados da década de 80, não apenas os Estados Unidos, mas o resto do mundo o adotou e se tornou uma das principais datas para o varejo. Atualmente o termo em si já se tornou forte a ponto de praticamente qualquer consumidor, especialmente na era digital, saber que se trata de descontos e ofertas especiais em produtos, mesmo que nem sempre os preços sejam tão vantajosos quanto deveriam.
A Black Friday, inclusive, também é muito esperada pelo mercado editorial. O relatório do 12º Painel do Varejo de Livros no Brasil, divulgado no começo deste ano pela Nielsen e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) mostrou que a Black Friday aqueceu as vendas de livros no Brasil em 2021. Diversos leitores aguardam ansiosamente pela data para garantir promoções não apenas em *marketplaces* de grandes empresas, mas também para conferir as promoções nos sites e lojas próprios de editoras menores e independentes.
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Foi bem curioso ler esse texto. Aqui no Brasil me pergunto se esse tipo de promoção pegou no país recentemente ou existe já algumas décadas. Seja como for, Black Friday se tornou uma data tão importante quanto o Natal e é algo que parece agregar bem ao mercado de livros.