Gigantes | Rodrigo Ortiz Vinholo | Vilões
Mais um. Mais um de meus semelhantes perde a vida na minha frente. Outro, e outro. Nada posso fazer. Nenhum desses seres parece perceber os gritos, o desespero, o pânico que criam. Não, impossível. Certamente notam, já que seus atos falam por si só. Eles têm inteligência, têm propósito. Comunicam-se em sua linguagem ininteligível, respiram sobre nós e nos tocam; depois desaparecem, nos deixando com a incerteza da vida no dia seguinte, quando podem ou não voltar com um novo ataque. Mas este ataque de hoje... sinto que pode não existir amanhã. Dizem que estão tentando nos dizimar. Não tenho certeza se esse é mesmo o caso, mas não consigo mais pensar em outra coisa. Entendo que o propósito deles...