

















Uma aventura em alto mar
Publicada em 1922, uma das mais clássicas aventuras de piratas que inspirou diversas produções cinematográficas. Um homem com futuro certo e apaixonado pelo mar vê sua vida naufragar após ser condenado à morte. A reviravolta faz Peter Blood passar de médico respeitado a um perigoso pirata pelos mares do Caribe.
Acompanha marcador de páginas.
Capa de Pedro Correa.
Ficha técnica
Dados | Informações |
Autor |
Rafael Sabatini |
Tradutores |
Cláudia Mello Belhassof |
ISBN | 978-65-88218-74-7 |
Páginas | 384 |
Formato | 15,5x23 cm |
Capa | Dura com guarda colorida |
Miolo | Papel pólen bold 70g |
Acabamentos especiais | Verniz localizado |
Edição | 1ª |
Conteúdo |
Indicado para maiores de 12 anos |
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Em estantes brasileiras
Já fizemos o envio de mais de 50 mil caixinhas para as mais diversas cidades do Brasil, e adoraríamos ter uma participação cada vez maior em suas leituras.
Adorei! A leitura é movimentada do início ao fim, ver toda trajetória do médico que virou o pirata terror das Caraíbas... além dos diálogos que são a melhor parte do texto... e fazendo um paralelo com o filme de 1935, ambos são bons a sua maneira...
Adorei o livro. A forma como o escritor vai desenvolvendo a história, nos prende a cada capítulo. Perfeito!
O livro é belíssimo!
Ainda não li, mas tenho certeza pelo que vi que gostarei muito.
Capitão Blood
Peter Blood, bacharel em medicina e várias outras coisas, fumava um cachimbo e cuidava dos gerânios em caixas no parapeito de sua janela sobre a Water Lane, na cidade de Bridgewater.
Olhos severamente desaprovadores o analisavam de uma janela em frente, mas ele não dava bola. A atenção do sr. Blood estava dividida entre sua tarefa e o fluxo de seres humanos na rua estreita abaixo; um riacho que fluía pela segunda vez naquele dia em direção a Castle Field, onde, no início da tarde, Ferguson, capelão do duque, havia pregado um sermão contendo mais traição do que divindade.
Esses grupos dispersos e animados eram compostos principalmente de homens com galhos verdes nos chapéus e as armas mais ridículas nas mãos. Alguns, é verdade, carregavam pedaços de aves nos ombros, e aqui e ali uma espada era brandida; mas muitos estavam armados com porretes, e a maioria arrastava lanças gigantescas feitas com foices, tão formidáveis aos olhos quanto desajeitadas para as mãos. Havia tecelões, cervejeiros, carpinteiros, ferreiros, pedreiros, construtores, sapateiros e representantes de todos os outros ofícios da paz entre esses guerreiros improvisados. Bridgewater, assim como Taunton, havia cedido generosamente seus homens para servirem ao duque bastardo, já que todos com idade e força para empunhar armas que se abstinham eram rotulados como covardes ou papistas.
Ainda assim, Peter Blood, que não só era capaz de empunhar armas, mas era treinado e habilidoso no uso delas, que certamente não era covarde, e só era papista quando lhe convinha, cuidava de seus gerânios e fumava seu cachimbo naquela noite quente de julho com tanta indiferença que parecia que nada estava acontecendo. Ele fez outra coisa. Lançou para aqueles entusiastas febris de guerra um verso de Horácio — um poeta por cuja obra desde cedo ele concebera uma afeição excessiva:
— Quo, quo, scelesti, ruitis?
E agora talvez você adivinhe por que o sangue quente e intrépido herdado dos pais nômades de sua mãe em Somersetshire permanecia frio em meio a todo esse frenético calor fanático da rebelião; por que o espírito turbulento que o havia forçado a abandonar os laços acadêmicos tranquilos que seu pai teria lhe imposto agora deveriam permanecer quietos em meio à turbulência. Você percebe como ele considerava esses homens que estavam se unindo aos estandartes da liberdade: os estandartes tecidos pelas virgens de Taunton, as garotas dos seminários da srta. Blake e da sra. Musgrove, que — enquanto a balada soava — tinham rasgado suas anáguas de seda para fazer as cores do exército do rei Monmouth. Aquele verso em latim, arremessado com desdém sobre os homens enquanto eles avançavam barulhentos pela rua de paralelepípedos, revela sua mente. Para ele, eram tolos correndo em um frenesi perverso para sua ruína.
Veja, ele sabia demais sobre esse tal de Monmouth e a linda vagabunda marrom que o gerara para ser enganado pela lenda da legitimidade, com a qual esse estandarte de rebelião fora erguido. Ele havia lido a absurda proclamação postada na cruz em Bridgewater — que também tinha sido postada em Taunton e em outros lugares — estabelecendo que “após o falecimento do nosso soberano lorde Carlos II, o direito de sucessão à coroa da Inglaterra, da Escócia, da França e da Irlanda, com os domínios e territórios a eles pertencentes, legalmente descendem e passam para o ilustre e bem-nascido príncipe James, duque de Monmouth, filho e herdeiro aparente do referido rei Charles II”.
Isso o fizera rir, assim como o anúncio posterior de que “James, duque de York, fez o falecido rei ser envenenado e imediatamente usurpou e invadiu a coroa”.
Ele não sabia qual era a mentira maior. Pois o sr. Blood passara um terço da vida na Holanda, onde esse mesmo James Scott — que agora se proclamava James II, pela graça de Deus, rei etc. — vira a luz pela primeira vez por volta de 36 anos antes, e ele conhecia a história atual da verdadeira paternidade do sujeito. Longe de ser legítimo — em virtude de um pretenso casamento secreto entre Charles Stuart e Lucy Walter —, era possível que esse Monmouth que agora se proclamava rei da Inglaterra nem sequer fosse filho ilegítimo do falecido soberano. O que, além da ruína e do desastre, poderia dar fim a essa pretensão grotesca? Como se poderia esperar que a Inglaterra um dia engolisse esse Perkin? E foi em seu nome, para sustentar sua fantástica alegação, que esses estúpidos de West Country, liderados por uns bravos whigs, foram seduzidos à rebelião!
— Quo, quo, scelesti, ruitis?
Ele riu e suspirou ao mesmo tempo; mas a risada dominou o suspiro, pois o sr. Blood era antipático como a maioria dos homens independentes — e ele era muito independente —; a adversidade lhe ensinara a ser assim. Um homem de coração terno, tendo a visão e o conhecimento dele, poderia ter encontrado motivo para derramar lágrimas ao contemplar essas ovelhas não conformistas ardentes e simples que iam para o matadouro — escoltadas para o campo de reunião em Castle Field por esposas e filhas, namoradas e mães, sustentadas pela ilusão de que eles deviam tomar o campo em defesa do Direito, da Liberdade e da Religião. Pois ele sabia, como Bridgewater inteira sabia havia algumas horas, que a intenção de Monmouth era travar a batalha naquela mesma noite. O duque ia liderar um ataque surpresa ao exército da monarquia sob o comando de Feversham, que agora estava acampado em Sedgemoor. O sr. Blood presumiu que lorde Feversham estaria igualmente bem-informado e, se estivesse errado nessa suposição, pelo menos tinha justificativa para isso. Ele não devia supor que o comandante da monarquia era tão mediocremente habilidoso no estilo de vida que seguia.
O sr. Blood bateu as cinzas do cachimbo e recuou para fechar a janela. Ao fazer isso, seu olhar cruzou a rua e, por fim, encontrou aqueles olhos hostis que o observavam. Eram dois pares e pertenciam às senhoritas Pitt, duas donzelas amáveis e sentimentais que não ficavam atrás de ninguém em Bridgewater na adoração pelo belo Monmouth.
O sr. Blood sorriu e inclinou a cabeça, pois tinha relações amigáveis com aquelas senhoritas, uma das quais, na verdade, havia sido sua paciente por algum tempo. Mas não houve resposta à saudação. Em vez disso, os olhos lhe devolveram uma expressão fria de desdém. O sorriso nos lábios finos dele ficou um pouco mais amplo, um pouco menos agradável. Ele entendia o motivo da hostilidade, que vinha crescendo a cada dia na semana anterior, desde que Monmouth tinha virado a cabeça de mulheres de todas as idades. As senhoritas Pitt, percebeu, o desprezavam porque ele, um homem jovem e vigoroso, com treinamento militar, que agora poderia ser valioso para a causa, estava indiferente; porque ele estava, de um jeito plácido, fumando cachimbo e cuidando dos gerânios naquela tarde, entre todas as tardes, quando os homens corajosos estavam indo se reunir com o Defensor do Protestantismo, oferecendo seu sangue para colocá-lo no trono que lhe pertencia.
Se o sr. Blood tivesse cedido a debater o assunto com essas senhoritas, poderia ter argumentado que, tendo se fartado de perambular e se aventurar, ele agora estava embarcando na carreira para a qual fora originalmente destinado e para a qual seus estudos o haviam equipado; que ele era um homem da medicina, e não da guerra; um curandeiro, não um assassino. Mas elas teriam respondido, ele sabia, que, naquela causa, cabia a todo homem que se considerava homem pegar em armas. Elas teriam apontado que o sobrinho delas, Jeremiah, que era navegador por profissão, o mestre de um navio — que por um azar para aquele jovem tinha ancorado nesta temporada na baía de Bridgewater —, havia deixado o leme para pegar num mosquete em defesa do Direito. Mas o sr. Blood não era uma pessoa que discutia. Como eu disse, era um homem independente.
Ele fechou a janela e as cortinas e se dirigiu ao agradável cômodo à luz de velas e à mesa em que a sra. Barlow, sua governanta, estava servindo o jantar. Para ela, entretanto, declarou seu pensamento em voz alta.
— Estou em desgraça com as virgens azedas do outro lado.
Ele tinha uma voz agradável e vibrante, cujo tom metálico era suavizado e abafado pelo sotaque irlandês que, apesar de todas as suas andanças, nunca perdera. Era uma voz que podia cortejar de um jeito sedutor e carinhoso ou comandar de modo a exigir obediência. Na verdade, toda a natureza do homem estava naquela sua voz. Quanto ao resto, era alto e magro, de pele morena como um cigano, com olhos que eram notavelmente azuis no rosto moreno e sob as sobrancelhas pretas niveladas. Aqueles olhos, flanqueando um nariz intrépido e de ponte alta, eram de uma penetração singular e de uma altivez constante que combinava com os lábios firmes. Embora vestido de preto, como se tornou sua vocação, era com uma elegância derivada do amor pelas roupas que é peculiar ao aventureiro que ele havia sido, e não ao sóbrio médico que era agora. Seu casaco era de seda fina bordada com prata; havia babados de renda de Mechlin nos pulsos e no pescoço. Sua grande peruca preta era tão zelosamente cacheada como qualquer outra em Whitehall.
Vendo-o assim, e percebendo sua verdadeira natureza, que era clara em relação a ele, você poderia se sentir tentado a especular por quanto tempo aquele homem se contentaria em ficar naquele pequeno remanso do mundo para o qual o acaso o arrastara cerca de seis meses antes; por quanto tempo continuaria a exercer a profissão para a qual se qualificara antes de começar a viver. Embora possa ser difícil de acreditar quando você conhece a sua história anterior e posterior, ainda é possível que, se não fosse o truque que o Destino estava prestes a lhe pregar, ele pudesse ter continuado nessa existência pacífica, estabelecendo-se completamente na vida de médico naquele paraíso de Somersetshire. É possível, mas não provável.
Ele era filho de um médico irlandês com uma dama de Somersetshire em cujas veias corria o sangue nômade dos Frobishers, o que pode explicar a selvageria que se manifestou cedo em seu temperamento. Essa selvageria havia alarmado profundamente seu pai, que, para um irlandês, era de uma singular natureza pacífica. Tinha resolvido logo cedo que o menino deveria seguir sua honrada profissão, e Peter Blood, sendo rápido para aprender e estranhamente ganancioso de conhecimento, havia agradado o pai ao receber, aos vinte anos, o grau de baccalaureus medicinae no Trinity College, em Dublin. O pai sobreviveu a essa satisfação por apenas três meses. A mãe já tinha morrido havia alguns anos. Assim, Peter Blood recebeu uma herança de algumas centenas de libras, com as quais partiu para ver o mundo e dar, por um tempo, rédea solta àquele espírito inquieto do qual era imbuído. Um conjunto de oportunidades curiosas o levou a servir com os holandeses, na época em guerra contra a França; e uma predileção pelo mar o fez decidir que esse serviço deveria ser naquele elemento. Ele teve a vantagem de servir sob o comando do famoso De Ruyter e lutou no combate do Mediterrâneo, no qual aquele grande almirante holandês perdeu a vida.
Após a Paz de Nimeguen, seus movimentos são obscuros. Mas sabemos que ele passou dois anos em uma prisão espanhola, embora não saibamos como conseguiu chegar lá. Pode ser por isso que, ao ser solto, ele levou sua espada para a França e prestou serviço aos franceses na guerra contra os Países Baixos espanhóis. Quando finalmente chegou aos 32 anos, o apetite por aventuras se esgotou, a saúde ficou precária em consequência de uma ferida negligenciada, e ele de repente foi inundado pela saudade de casa. Embarcou em Nantes com a intenção de cruzar os mares até a Irlanda. Mas, com a embarcação sendo conduzida pela pressão do tempo até a baía de Bridgewater e a saúde de Blood piorando durante a viagem, acabou decidindo desembarcar lá mesmo, impulsionado também pelo fato de ser o solo nativo de sua mãe.
Assim, em janeiro daquele ano de 1685, ele chegou a Bridgewater, proprietário de uma fortuna quase igual àquela com a qual tinha partido de Dublin onze anos antes.
Por gostar do lugar, onde sua saúde foi rapidamente restaurada, e por ter concebido que já havia passado por aventuras suficientes para toda a vida de um homem, decidiu se estabelecer ali e, por fim, assumir a profissão da medicina, da qual tinha, com tão pouco lucro, se afastado.
Essa é toda a sua história, ou tudo que importa até aquela noite, seis meses depois, quando a Batalha de Sedgemoor foi travada.
Considerando que a ação iminente não era da sua conta, como de fato não era, e indiferente à atividade que animava Bridgewater naquela noite, o sr. Blood fechou os ouvidos para o barulho e foi cedo para a cama. Estava dormindo em paz muito antes das onze da noite, hora em que, como você sabe, Monmouth cavalgava com seu bando rebelde pela Estrada de Bristol de um jeito tortuoso para evitar o pântano que ficava entre ele e o Exército Real. Você também sabe que a vantagem numérica — possivelmente contrabalançada pela maior estabilidade das tropas regulares do outro lado — e as vantagens que ele conseguiu por cair de surpresa em cima de um exército que estava mais ou menos adormecido foram todas desperdiçadas por ele por erros e má liderança antes mesmo de enfrentar Feversham.
Os exércitos entraram em colisão por volta das duas da manhã. O sr. Blood dormia sem ser incomodado pelo distante estrondo dos canhões. Só despertou do sono tranquilo às quatro horas, quando o sol estava nascendo para dissipar os últimos filetes de névoa sobre o campo de batalha assolado.
Sentou-se na cama, esfregou os olhos sonolentos para despertar e se recompôs. Batidas trovejavam contra a porta de sua casa, e uma voz incoerente gritava. Foi esse o barulho que o despertou. Pensando que se tratava de um caso obstétrico urgente, estendeu a mão para o roupão e os chinelos no intuito de descer. No patamar, quase colidiu com a sra. Barlow, recém-acordada e assustadora, em pânico. Ele acalmou seus cacarejos com uma palavra de tranquilidade e foi abrir a porta.
Ali, sob a oblíqua luz dourada do sol recém-despertado, estava um homem sem fôlego, de olhos arregalados, e um cavalo bufando. Coberto de poeira e fuligem, as roupas em desalinho, a manga esquerda do gibão pendurada em trapos, o jovem abriu os lábios para falar, mas por um longo instante ficou sem palavras.
Naquele momento, o sr. Blood o reconheceu como o jovem mestre de navio, Jeremiah Pitt, sobrinho das donzelas do outro lado da rua, um rapaz que fora atraído pelo entusiasmo geral para o vórtice daquela rebelião. A rua estava agitada, despertada pelo ruidoso advento do marinheiro; portas se abriam e treliças eram destrancadas para exibir as protuberâncias de cabeças ansiosas e inquisitivas.
— Vá com calma — disse o sr. Blood. — Eu nunca soube que a pressa excessiva gerava velocidade.
Mas o rapaz de olhos arregalados não deu atenção à repreensão. Mergulhou de cabeça para falar, ofegante, sem fôlego.
— É lorde Gildoy — ofegou. — Ele está muito ferido… na fazenda de Oglethorpe, perto do rio. Eu o carreguei até lá… e… e ele me pediu para vir buscá-lo. Venha! Venha!
Ele teria agarrado o médico e o puxado à força de roupão e chinelos como estava. Mas o médico esquivou-se da mão excessivamente ávida.
— Claro que vou — disse. Ele estava aflito. Gildoy tinha sido um patrono muito amigável e generoso com ele desde que se fixara por estas bandas. E o sr. Blood estava ansioso o suficiente para fazer o possível para saldar a dívida agora, lamentando que a ocasião tivesse surgido, e dessa maneira, pois sabia muito bem que o jovem nobre agitado tinha sido um agente ativo do duque. — Claro que vou. Mas primeiro me dê licença para pegar algumas roupas e outras coisas das quais eu possa precisar.
— Não temos tempo a perder.
— Acalme-se. Não vou perder tempo. Repito, você vai mais rápido se for sem pressa. Entre… sente-se… — Ele abriu a porta de um salão.
O jovem Pitt dispensou o convite.
— Vou esperar aqui. Em nome de Deus, seja rápido.
O sr. Blood foi se vestir e buscar uma maleta de instrumentos.
Perguntas sobre a natureza exata do ferimento do lorde Gildoy podiam esperar até que eles estivessem a caminho. Enquanto calçava as botas, deu à sra. Barlow as instruções para o dia, que incluíam um jantar que ele não estava destinado a comer.
Quando finalmente saiu de novo, com a sra. Barlow cacarejando atrás como uma ave descontente, encontrou o jovem Pitt sufocado por uma multidão de habitantes assustados e vestidos pela metade — a maioria mulheres —, que vieram correndo para saber como a batalha tinha acontecido. Dava para ler a notícia que ele lhes dava nas lamentações com que perturbavam o ar da manhã.
Ao avistar o médico, vestido e calçado com botas, a maleta de instrumentos enfiada debaixo do braço, o mensageiro desvencilhou-se dos que o pressionavam, espantou o cansaço e afastou as duas tias lacrimosas que estavam mais grudadas nele, agarrando-se à rédea do cavalo, e subiu para a sela.
— Venha, senhor — gritou. — Monte atrás de mim.
O sr. Blood, sem desperdiçar palavras, fez o que lhe foi ordenado. Pitt tocou no cavalo com a espora. A pequena multidão abriu caminho e, assim, sobre a garupa daquele cavalo com o dobro de carga, agarrado ao cinto do companheiro, Peter Blood partiu para sua Odisseia. Pois este Pitt, em quem ele não viu nada além do que o mensageiro de um cavalheiro rebelde ferido, era de fato o próprio mensageiro do Destino.

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