A Jornada de um Escravo Fugitivo
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A Jornada de um Escravo Fugitivo

A Jornada de um Escravo Fugitivo

    Frederick Douglass
R$ 74,00

Uma jornada necessária publicada em 1845, em capa dura
Capa dura | Prefácio da tradutora | Texto original | Marcador
A Jornada de um Escravo Fugitivo

A Jornada de um Escravo Fugitivo

R$ 74,00
Sinopse e descrição

Nova edição em capa dura

Uma jornada necessária publicada em 1845

Frederick Douglass nasceu como homem escravizado sob o nome de Frederick Augustus Washington Bailey, perto de Easton, no condado de Talbot, Maryland. Ele não tinha certeza do ano exato de seu nascimento, mas sabia ser 1817 ou 1818. Ainda menino, foi enviado a Baltimore, para servir dentro de uma casa, onde ele aprendeu a ler e a escrever com a ajuda da esposa de seu senhor. Em 1838, Frederick escapou da escravidão e foi para a cidade de Nova York, onde se casou com Anna Murray, uma mulher negra e livre que ele conhecera em Baltimore. Pouco depois, trocou seu sobrenome para Douglass. Em 1841, ele compareceu a uma convenção na Sociedade Abolicionista de Massachusetts em Nantucket, e impressionou tanto o grupo que eles imediatamente o empregaram como representante. Ele era um palestrante tão impressionante que muitas pessoas duvidavam que algum dia ele fora um escravo; então, ele escreveu sua primeira autobiografia. Durante a Guerra Civil Americana, ele ajudou no recrutamento de homens negros para o 54º e 55º Regimentos de Massachusetts e consistentemente argumentou a favor da libertação dos escravos. Depois da guerra, ele continuou ativo na proteção e garantia dos direitos dos homens livres. Em seus últimos anos, durante épocas diferentes, ele foi secretário do Santo Domingo Comission, marechal e registrador de ações do Distrito de Columbia, e Ministro Estadunidense para o Haiti. 

A história de sua fuga

A obra traz desde a infância de Douglass, sua vida na casa onde servia e sua fuga em busca de liberdade. Título original: Narrative of the life of Frederick Douglass, an American slave.

Diagramação com pôsteres antigos

Em épocas de medo e fúria, diversos pôsteres foram criados ao longo dos estados americanos com convenções, reuniões e protestos abolicionistas. Você conhecerá alguns deles (com tradução) ao longo do livro. 

Leia um trecho

(...) O domingo era meu único dia de lazer. Passava esse tempo em uma espécie de estupor, entre o sono e a vigília, debaixo de alguma árvore grande. Às vezes eu me levantava, um lampejo de liberdade energética disparava através da minha alma, acompanhado por um leve raio de esperança, que piscava por um momento e depois desaparecia. Eu afundava novamente, lamentando minha condição miserável. Às vezes, ficava tentado a tirar a minha vida e a de Covey, mas era impedido por uma combinação de esperança e medo. Meus sofrimentos nessa plantação agora parecem mais um sonho do que uma realidade severa. (continua no livro...)

Ficha técnica 

Dados Informações
Nome do Autor
Frederick Douglass
Tradutor
Karine Ribeiro
ISBN 978-65-88218-29-7
Páginas 160
Formato 15,5x23 cm
Capa Capa dura com verniz localizado
Miolo Papel pólen bold 90g
Edição  2ª 
Conteúdo Indicado para adultos
Frete

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A
Andrielle Gomes Macedo (GO)
Resenha Biblioteca Híbrida

Falar sobre racismo é voltar ao passado escravocrata que assolou o mundo. Os relatos autobiográficos de Frederick Douglass em sua jornada pela liberdade nos Estados Unidos do século XIX nos apresenta a escravidão sob uma versão excruciante.

Os negros não eram só objeto de posse dos brancos. Eles eram considerados animais que deveriam ser adestrados e domados por meio da violência. Eles eram mantidos propositalmente na ignorância pelos seus "senhores" a fim de não possuírem identidade nem vida própria.

Os relatos narrados em A jornada de um escravo fugitivo incomodam, ferem e quase soam como irreais frente a tamanha incredulidade que é remetida ao leitor, mas também faz entender e refletir, principalmente sobre a desigualdade racial que ainda (e infelizmente) permeia nossa sociedade.

Considero essa leitura importante e necessária, uma vez que ela não é apenas sobre a escravidão, mas sobre a esperança e a busca pela liberdade no mais alto grau de direito a felicidade do ser humano.

P
P.G. (SP)
Brilhante

Essa edição e tradução estão lindas, a ponto d'eu comprar duas dela, uma para mim e outra para presentear.

C
Claudio Filho (MG)
História inesquecível

Um livro simplesmente indispensável.

L
Luciene Rosa
Excelente

Livro sensacional e impactante,gostei muito da história,infelizmente retrata uma época difícil dos nossos antepassados.

R
Renata Alves (MG)
Excelente

O livro é a autobiografia de um homem escravizado desde o nascimento, que nos contará sobre como foi sobreviver dessa forma desde a infância até o momento em que consegue fugir e se tornar um homem livre que advoga pelo abolicionismo.
Frederick nasceu e cresceu no estado de Maryland, próximo a Baltimore; os seus relatos sobre as violências físicas, psicológicas e morais que sofreu e viu são diretos e, obviamente, muito tristes.

Através de sua história é perceptível a diferença que a alfabetização faz na vida de alguém e quão terrível também é a violência intelectual que os senhores de escravo exerciam.
A apropriação do conhecimento por uma parcela da população que se aproveita disso para garantir seu status quo no alto da hierarquia social é uma realidade até hoje, vide a constante falta de investimentos na educação pública e incentivo a leitura e pensamento crítico.

O conhecimento que Frederick adquiriu o ajudou a fortalecer e embasar todas as indignações e questionamentos que já alimentava internamente. A educação foi o início da sua liberdade.

Por mais que tenhamos o conhecimento desses fatos históricos, e a certeza de sua atrocidade, vê-los através dos olhos de quem sobreviveu a essas torturas é uma experiência forte que deveria ser passada por todos, principalmente nós brancos, que nunca vivemos na pele as violências diárias que são reflexos racistas que a sociedade ainda carrega.
@livro.na.mala

Leia um trecho

Eu nasci em Tuckahoe, perto de Hillsborough e a mais ou menos vinte quilômetros de Easton, no condado de Talbot, Maryland. Não tenho certeza da minha idade, pois nunca vi nenhum registro autêntico que a contivesse. A maior parte dos escravos tem pouco conhecimento de suas idades, e, no meu entendimento, é o desejo da maioria dos senhores manter seus escravos ignorantes. Não me recordo de ter conhecido um escravo que soubesse sua data de aniversário. Eles raramente a conhecem como conhecem o tempo de plantio, de colheita, de plantar cerejas, a primavera ou o outono.
O desejo de informação a respeito do meu aniversário foi fonte de infelicidade durante a minha infância. As crianças brancas sabiam suas idades. Eu não entendia por que era privado do mesmo privilégio. Não podia fazer nenhuma pergunta ao meu senhor a esse respeito. Ele considerava qualquer questionamento por parte de um escravo impróprio e impertinente, evidência de um espírito inquieto. A estimativa mais próxima que posso fazer me dá entre vinte e sete e vinte e oito anos de idade. Cheguei a essa conclusão ouvindo meu senhor dizer, em algum momento de 1837, que eu tinha por volta de dezessete anos.
O nome da minha mãe era Harriet Bailey. Ela era filha de Isaac e Betsey Bailey, ambos negros, de pele bastante escura. Minha mãe tinha a pele mais escura que minha avó e meu avô.
Meu pai era um homem branco. Soube disso por tudo o que era dito a respeito da minha origem. Havia também boatos de que meu senhor era meu pai, mas não sei nada sobre sua veracidade; a forma de confirmar me foi negada. Minha mãe e eu fomos separados quando eu era criança — antes mesmo que eu soubesse que ela era minha mãe. É um costume, naquela parte de Maryland da qual fugi, que crianças ainda pequenas sejam separadas das mães. Frequentemente, antes que a criança faça um ano de idade, sua mãe é levada para trabalhar numa fazenda bem distante, e a criança passa aos cuidados de uma mulher idosa, velha demais para trabalhar no campo. Para que essa separação, não sei, a menos que seja para impedir o desenvolvimento do afeto da criança em relação à mãe, e para atenuar e destruir o afeto natural da mãe pela criança. Esse é o resultado inevitável.
Não vi a minha mãe o bastante para considerá-la como tal. Eu a vi quatro ou cinco vezes em toda a minha vida, sempre por pouco tempo e à noite. Ela foi levada para trabalhar para o sr. Stewart, que vivia a vinte quilômetros de onde eu estava. Ela fazia a jornada para me ver à noite, percorrendo toda a distância a pé, depois de ter trabalhado durante o dia. Ela trabalhava no campo, e ser açoitado é a punição por não estar no campo ao pôr do sol, a não ser que o escravo tenha permissão de seu senhor para o contrário — uma permissão que raramente é concedida; um senhor que a concede recebe o orgulhoso título de senhor gentil. Não me recordo de já ter visto minha mãe durante o dia. Ela estava comigo durante a noite. Deitava-se comigo e me fazia dormir, mas antes que eu acordasse ela já havia partido. Havia pouca comunicação entre nós.
A morte logo findou o pouco que poderíamos ter tido enquanto ela vivia, e com isso findaram também suas dificuldades e sofrimentos. Ela morreu quando eu tinha cerca de sete anos, em uma das fazendas de meu senhor, perto de Lee’s Mill. Não fui autorizado a estar presente durante sua doença, nem na morte e no enterro. Ela se foi muito antes de eu saber qualquer coisa sobre o assunto. Nunca tendo desfrutado, de nenhuma maneira considerável, de sua presença tranquilizadora, seu carinho e cuidado, recebi a notícia de sua morte com as mesmas emoções que provavelmente deveria ter sentido com a morte de um estranho.
Chamada assim tão de repente, ela me deixou sem a menor noção de quem era meu pai. O boato de que meu senhor era meu pai pode ou não ser verdadeiro; e, verdadeiro ou falso, é de pouca importância para o meu propósito enquanto permanece o fato, em toda a sua odiosa evidência, que os senhores de escravos ordenaram, e por lei foi estabelecido, que os filhos de mulheres escravas devem em todos os casos seguir a condição de suas mães. E isso é feito muito obviamente para administrar suas próprias concupiscências e fazer com que a satisfação de seus desejos perversos seja lucrativa e prazerosa; pois, por esse arranjo astuto, o senhor de escravos, em muitos casos, mantém com seus escravos a dupla relação de senhor e pai.
Conheço esses casos; e é digno de nota que tais escravos invariavelmente sofrem maiores dificuldades e têm mais com que lidar do que outros. Eles são, em primeiro lugar, uma ofensa constante à senhora da casa. Ela está sempre disposta a encontrar defeitos neles; eles raramente conseguem fazer alguma coisa para agradá-la; ela nunca fica mais satisfeita do que quando os vê sob o chicote, principalmente quando suspeita que o marido faça aos filhos mestiços os favores que nega aos seus escravos negros. O senhor é frequentemente compelido a vender os escravos mestiços, em respeito aos sentimentos de sua esposa branca; e, por mais cruel que pareça essa ação, um homem vender os próprios filhos a traficantes de carne humana é, muitas vezes, o que a humanidade espera que seja feito; pois, a menos que faça isso, ele deve não apenas açoitá-los com as próprias mãos, mas deve ficar parado e ver um de seus filhos brancos amarrar o irmão, de tom de pele apenas um pouco mais escura do que a dele, e usar o sangrento chicote nas costas nuas. E se o pai diz uma palavra de desaprovação, demonstra sua parcialidade e só piora a situação, tanto para ele quanto para o escravo a quem ele quis proteger e defender.
Todo novo ano traz consigo multidões de escravos mestiços. Sem dúvida, em consequência do conhecimento desse fato, um grande estadista do Sul previu a queda da escravidão pelas leis inevitáveis da população. Independentemente de essa profecia ser cumprida ou não, é evidente que pessoas diferentes daquelas originalmente trazidas da África para este país estão nascendo no Sul e são agora mantidas na escravidão; e, se o aumento delas não fizer outro bem, ao menos acabará com a força do argumento de que Deus amaldiçoou a Cam e, portanto, a escravidão nos Estados Unidos é correta. Se os descendentes lineares de Cam são os únicos que devem ser escravizados tal qual nas escrituras, é certo que a escravidão no Sul logo se tornará antibíblica; pois milhares são trazidos anualmente ao mundo, que, como eu, devem sua existência a pais brancos, e esses pais mais frequentemente são seus próprios senhores.
Tive dois senhores. O nome do primeiro era Anthony. Não me lembro do seu primeiro nome. Ele geralmente era chamado de capitão Anthony — um título que, presumo, adquiriu navegando em uma embarcação na Baía de Chesapeake. Ele não era considerado um senhor de escravos rico. Possuía duas ou três fazendas e cerca de trinta escravos. Suas fazendas e escravos estavam sob os cuidados de um feitor. O nome do feitor era Plummer. O sr. Plummer era um bêbado miserável, um homem profano e um monstro selvagem. Estava sempre armado com um chicote de couro e um bastão pesado. Eu soube que ele golpeava e cortava a cabeça das mulheres de maneira tão horrível que até o meu senhor ficava furioso com sua crueldade e ameaçava açoitá-lo se ele não mudasse.
O senhor, no entanto, não era um dono de escravos compassivo. Era preciso uma barbaridade extraordinária por parte de um feitor para afetá-lo. O feitor era um homem cruel, endurecido por uma longa vida em meio à escravidão. Às vezes, parecia ter grande prazer em açoitar um escravo. Muitas vezes fui acordado de madrugada pelos gritos mais desoladores de uma tia minha, a quem ele costumava amarrar numa viga e açoitar-lhe as costas nuas até que ela estivesse literalmente coberta de sangue. Não havia palavras, lágrimas, orações da vítima ensanguentada que pudessem demover seu coração de ferro de seu propósito sangrento. Quanto mais alto ela gritava, mais ele açoitava; e onde o sangue corria mais rápido, lá ele açoitava por mais tempo. Ele a açoitava para fazê-la gritar e a açoitava para fazê-la calar; e não deixava de balançar o couro coagulado de sangue até ser vencido pelo cansaço.

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